sábado, 28 de abril de 2012

Mulher, mulher...

Quando eu me encontrar com Deus quero ficar horas falando com ele.
Além das milhares de perguntas sobre a criação do mundo, da humanidade, da minha própria vida, quero falar com Ele das mulheres, em especial.
Não, gente. Não queimei "sutien", na década de 60, apesar de reconhecer o bem que elas fizeram por mim.
Não acho que mulheres e homens tem que ser iguais, agir da mesma forma, ter o mesmo comportamento...
Viva as adversidades e as diferenças.
Somos seres complementares.
A igualdade tem que ser no respeito seja ele profissional ou nas relações pessoais.
Mas eu não vim aqui hoje levantar bandeira nenhuma, vim falar da mulher.
Acho que eu já disse isso aqui: se Deus me deixar escolher, volto em todas as outras vidas como mulher.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso.
Depois de ser mãe e ser amada por alguns homens de verdade, fico aqui pensando nisso.
Meninos, sim... nós somos mesmo muito complicadas.Deve ser muito difícil neste planeta ser homem também. Como entender esse coraçãozinho "desmiolado"?
A culpa a gente já nasce com ela. Pelo menos era assim há pouco mais de trinta anos.
Talvez as meninas de hoje tenham se libertado dela.
Eu ainda não cheguei a conclusão se elas realmente são bem resolvidas ou fingem o tempo todo serem bem resolvidas.
Só quando elas estão sozinhas, com o próprio coração, é que a gente poderia descobrir.
Acho que nunca saberemos.
Pode ser que a minha seja a última geração de mulheres cheias de culpa.
Dilemas. Confusões. Dúvidas. Angústias.
Deixar a minha filha faz parte desta dor de hoje.
Ela é o sinônimo de felicidade pra mim. Mas não pode ser o único sinônimo.
Pode ser a única.
Como sempre foi e provavelmente será.
O maior amor da minha vida.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Coragem, menina!

2010 foi o ano mais dolorido da minha vida.
Não é porque as escolhas são nossas que não machucam.
Doeu muito. Muita decepção junto.Lado profissional e pessoal. 
Passei 2011 cuidando das feridas, me afastando do que era ruim pra mim... e me fechei.
Precisava olhar para dentro, esquecer o que tem no mundo lá fora...Reorganizar os armários e deixar quem eu amo bem pertinho de mim.
Me dando colo...só isso...
É quando chega o abençoado 2012.
Que delícia! Vida nova, astral novo, desejos novos...muitos sonhos renascendo...
E um medo horrível de sofrer de novo...
Eu fiquei dez horas em trabalho de parto para ter a Giovana.
Gente, dói demais!!! E não deixaria de ter outro filho por causa dessa dor horrível.
Foi lindo...
Mas o que eu senti naquele ano, não quero nunca mais viver.
Jurei que não iria viver de novo...
Eu já tenho tudo o que preciso, não é? 
Aí chega o abençoado 2012. E com ele, desejos novos...
Dá uma vontade de voltar para 2011, às vezes, sabe.
Me trancar no quarto, do mesmo jeito de quando eu tinha 15 anos.
Colocar a música alta e não abrir de jeito nenhum. Não ouvir nada lá fora.
Só eu e meu quarto...
Coragem, menina!
Você nunca teve medo da vida e das pessoas. Muito pelo contrário.
Até exagerou na dose de coragem, algumas vezes. 
Abra a porta do quarto, Fabíola. Abaixe o som.
Tem gente batendo lá fora...