sábado, 15 de novembro de 2014

E eu me apaixonei por ele!

Meninas não jogam bola.
Meninas não vão ao estádio.
Meninas não gostam de futebol.
Essas frases sem sentido foram jogadas pra mim a infância toda.

Não que eu tivesse talento pra bater uma bolinha...
Meu esporte preferido (na prática) sempre foi individual.
Não sou boa quando dependo dos outros.
Faço pra mim e o melhor de mim.
Mas não poder gostar de futebol era uma ooooutra história.

Meu problema sempre foi a paixão.
Uma geminiana que se preze precisa de paixão como você precisa de água.
E eu me apaixonei perdidamente por ele.
Quanto mais diziam que era impossível, mais eu o queria.
Mais eu desejava estar perto dele.

Depois de estar enlouquecida, chega o destino.
Sem ter a menor noção de como isso aconteceu, eu fui parar dentro do Mineirão.
No gramado.
Com um microfone nas mãos. E eu nunca tinha sonhado com isso.
Não conscientemente.

Eu estava ali! Pertinho dele... a taquicardia passou a me atacar.
O estádio dividido em duas cores. Duas torcidas.
Elas sabiam o que eu sentia... porque sentiam a mesma coisa.
Eram momentos santos. De magia pura.
Ele me completava como nenhum outro.

Até hoje o meu coração dispara quando eu dou de cara com ele.
Quando eu sei que vou vê-lo.
Me enfeito, me preparo, me acalmo.
Não seria a mesma, sem ele na minha vida.
E eu que tinha prometido nunca escrever aqui sobre futebol, me rendo.
Falei dele.
Porque pra falar de amor, eu preciso dele.
E pra falar de mim, também.