Fala muito!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Mar doce mar
Era o amor mais improvável que eu poderia imaginar.
Uma mineira, cercada pelas montanhas, que vivia paixões entre cachoeiras... não poderia amar o mar.
É o que você pensou...
Era o que eu pensava também...
Não mentirei.
Flertava com ele, em alguns feriados e férias... amores de verão, sabem como é né...
Vem e vão entre as estações... nada fica.
Era a menina brincando de gente grande, mexendo com gente grande.
Uma imensidão de água que, um dia, mexeu comigo.
No começo, só observava... escutava...
Com o tempo comecei a falar também (sim ele mesmo me chama de louca porque converso com ele).
E a natação, que me aproximou de tantas piscinas e cachoeiras, nos tempos de cachoeiras...
me levou pra perto dele.
No começo éramos eu, ele e um monte de gente.
Divertido... provas de águas abertas... ele generosamente cedia espaço pra todo mundo...
Todos queriam dele o que eu queria também. A grandeza.
Ate o dia que ficamos eu e ele.
Sozinhos.
Não foi planejado. Foi um acaso. Foi assustador. Foi denso. Foi intenso.
Ele me abraçava e eu, com medo, fugia do lugar onde eu mais queria estar...
Me disseram que amor a gente não escolhe, acontece.
Se eu pudesse escolher, não seria ele.
O mar nunca será só meu.
Eu nunca serei só dele.
Vou vê-lo sempre porque preciso.
Talvez não mais como aquele dia...
Talvez nunca mais.
Talvez pra sempre.
sábado, 15 de novembro de 2014
E eu me apaixonei por ele!
Meninas não jogam bola.
Meninas não vão ao estádio.
Meninas não gostam de futebol.
Essas frases sem sentido foram jogadas pra mim a infância toda.
Não que eu tivesse talento pra bater uma bolinha...
Meu esporte preferido (na prática) sempre foi individual.
Não sou boa quando dependo dos outros.
Faço pra mim e o melhor de mim.
Mas não poder gostar de futebol era uma ooooutra história.
Meu problema sempre foi a paixão.
Uma geminiana que se preze precisa de paixão como você precisa de água.
E eu me apaixonei perdidamente por ele.
Quanto mais diziam que era impossível, mais eu o queria.
Mais eu desejava estar perto dele.
Depois de estar enlouquecida, chega o destino.
Sem ter a menor noção de como isso aconteceu, eu fui parar dentro do Mineirão.
No gramado.
Com um microfone nas mãos. E eu nunca tinha sonhado com isso.
Não conscientemente.
Eu estava ali! Pertinho dele... a taquicardia passou a me atacar.
O estádio dividido em duas cores. Duas torcidas.
Elas sabiam o que eu sentia... porque sentiam a mesma coisa.
Eram momentos santos. De magia pura.
Ele me completava como nenhum outro.
Até hoje o meu coração dispara quando eu dou de cara com ele.
Quando eu sei que vou vê-lo.
Me enfeito, me preparo, me acalmo.
Não seria a mesma, sem ele na minha vida.
E eu que tinha prometido nunca escrever aqui sobre futebol, me rendo.
Falei dele.
Porque pra falar de amor, eu preciso dele.
E pra falar de mim, também.
Meninas não vão ao estádio.
Meninas não gostam de futebol.
Essas frases sem sentido foram jogadas pra mim a infância toda.
Não que eu tivesse talento pra bater uma bolinha...
Meu esporte preferido (na prática) sempre foi individual.
Não sou boa quando dependo dos outros.
Faço pra mim e o melhor de mim.
Mas não poder gostar de futebol era uma ooooutra história.
Meu problema sempre foi a paixão.
Uma geminiana que se preze precisa de paixão como você precisa de água.
E eu me apaixonei perdidamente por ele.
Quanto mais diziam que era impossível, mais eu o queria.
Mais eu desejava estar perto dele.
Depois de estar enlouquecida, chega o destino.
Sem ter a menor noção de como isso aconteceu, eu fui parar dentro do Mineirão.
No gramado.
Com um microfone nas mãos. E eu nunca tinha sonhado com isso.
Não conscientemente.
Eu estava ali! Pertinho dele... a taquicardia passou a me atacar.
O estádio dividido em duas cores. Duas torcidas.
Elas sabiam o que eu sentia... porque sentiam a mesma coisa.
Eram momentos santos. De magia pura.
Ele me completava como nenhum outro.
Até hoje o meu coração dispara quando eu dou de cara com ele.
Quando eu sei que vou vê-lo.
Me enfeito, me preparo, me acalmo.
Não seria a mesma, sem ele na minha vida.
E eu que tinha prometido nunca escrever aqui sobre futebol, me rendo.
Falei dele.
Porque pra falar de amor, eu preciso dele.
E pra falar de mim, também.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Até que a morte nos separe
Tenho ultimamente pensado bastante no tema.
O acidente fatal do candidato, vários autores queridos que se foram e uma pergunta angustiante no fim de semana: você tem medo de que.
Rapidamente respondi: de nada.
Claro que falei sem pensar.
Tenho pavor de que algo aconteça a minha filha e tenho medo do que um estupro pode causar na minha cabeça...
Mas a morte.... não... a morte não entra nesta lista...
Sinceramente, não tenho nenhum medo de morrer.
Por fé, religião, convicção...não sei...
Fato é: este medo não me pertence.
Pra instigar ainda mais os meus dias desta semana, acabo de ler Elaine Brum que diz "o drama de quem alcançou a promessa de uma vida longa é a solidão de estar vivo numa vida que já morreu".
Taí outro medo que tenho.
Morrer antes de morrer.
Perder o sentido e o prazer de estar aqui.
Nunca (até hoje) fiquei pra ver a luz ser apagada. Eu saio antes. Pra não perder o sentido.
Imagine ficar em uma sala sem luz... sozinha... sem conseguir imaginar onde está a saída: dá muito medo.
Prefiro a morte. Sem trocadilho. Por puro egoísmo.
Quando se casa, a gente ouve a famosa frase de que a morte é que irá nos separar.
Nunca pensei que a morte é que ia me afastar de alguém.
Ainda não penso. Não tenho medo dela no momento certo.
Tenho medo dela me tirar a essência da vida... antes do fim da vida....
O acidente fatal do candidato, vários autores queridos que se foram e uma pergunta angustiante no fim de semana: você tem medo de que.
Rapidamente respondi: de nada.
Claro que falei sem pensar.
Tenho pavor de que algo aconteça a minha filha e tenho medo do que um estupro pode causar na minha cabeça...
Mas a morte.... não... a morte não entra nesta lista...
Sinceramente, não tenho nenhum medo de morrer.
Por fé, religião, convicção...não sei...
Fato é: este medo não me pertence.
Pra instigar ainda mais os meus dias desta semana, acabo de ler Elaine Brum que diz "o drama de quem alcançou a promessa de uma vida longa é a solidão de estar vivo numa vida que já morreu".
Taí outro medo que tenho.
Morrer antes de morrer.
Perder o sentido e o prazer de estar aqui.
Nunca (até hoje) fiquei pra ver a luz ser apagada. Eu saio antes. Pra não perder o sentido.
Imagine ficar em uma sala sem luz... sozinha... sem conseguir imaginar onde está a saída: dá muito medo.
Prefiro a morte. Sem trocadilho. Por puro egoísmo.
Quando se casa, a gente ouve a famosa frase de que a morte é que irá nos separar.
Nunca pensei que a morte é que ia me afastar de alguém.
Ainda não penso. Não tenho medo dela no momento certo.
Tenho medo dela me tirar a essência da vida... antes do fim da vida....
terça-feira, 15 de abril de 2014
Tempo
Inacreditável que a última vez que eu tenha vindo aqui tenha mais de um ano...
Jesus... um ano...
E a minha volta se deu porque eu fiquei sem voz e não consegui falar o suficiente pelo Facebook e Whatsapp, claro...tinha que falarrrrrrrr....preciso...
Aí lembrei e voltei... depois de um ano...
Foi ontem né e está tão distante.
Muito do que era MUITO importante pra mim, deixou de ser.
Muitos dos que eram MUITO importantes deixaram de ser.
Mas os melhores continuam por aqui, por causa de uma seleção natural do meu inconsciente.
Reli meus textos.
Muitos deles tem um tom até infantil... (e isso tem apenas um ano!)
Porque hoje eu me sinto outra mulher, outra pessoa.
Talvez seja a arrogância de acharmos que estamos sempre melhores do que realmente estamos.
Mas o fato é que 365 dias mudam a gente.
Mudam as perguntas e as respostas. Os anseios. As buscas.
Deus não tinha nada na cabeça quando criou a gente deste jeito: um bicho sempre em busca de alguma coisa que não tem a menor idéia do quê e o porquê.
Os valores não mudam.
Acredito nas mesmas coisas que escrevi aqui.
E eu nem sei se isso é bom...
Nem a minha ausência aqui (por tanto tempo) pode ter sido boa.
Como diz o texto de Eliane Brum: "Escrever não é o que eu faço, é o que eu sou."
E eu preciso vir aqui para me organizar, questionar, perguntar e responder a mim mesma questões que o dia a dia me faz esquecer.
Não mais 365 dias de ausência.
Nunca mais...
Nunca... até que novas respostas me tomem o tempo.... e me tirem daqui...
Jesus... um ano...
E a minha volta se deu porque eu fiquei sem voz e não consegui falar o suficiente pelo Facebook e Whatsapp, claro...tinha que falarrrrrrrr....preciso...
Aí lembrei e voltei... depois de um ano...
Foi ontem né e está tão distante.
Muito do que era MUITO importante pra mim, deixou de ser.
Muitos dos que eram MUITO importantes deixaram de ser.
Mas os melhores continuam por aqui, por causa de uma seleção natural do meu inconsciente.
Reli meus textos.
Muitos deles tem um tom até infantil... (e isso tem apenas um ano!)
Porque hoje eu me sinto outra mulher, outra pessoa.
Talvez seja a arrogância de acharmos que estamos sempre melhores do que realmente estamos.
Mas o fato é que 365 dias mudam a gente.
Mudam as perguntas e as respostas. Os anseios. As buscas.
Deus não tinha nada na cabeça quando criou a gente deste jeito: um bicho sempre em busca de alguma coisa que não tem a menor idéia do quê e o porquê.
Os valores não mudam.
Acredito nas mesmas coisas que escrevi aqui.
E eu nem sei se isso é bom...
Nem a minha ausência aqui (por tanto tempo) pode ter sido boa.
Como diz o texto de Eliane Brum: "Escrever não é o que eu faço, é o que eu sou."
E eu preciso vir aqui para me organizar, questionar, perguntar e responder a mim mesma questões que o dia a dia me faz esquecer.
Não mais 365 dias de ausência.
Nunca mais...
Nunca... até que novas respostas me tomem o tempo.... e me tirem daqui...
domingo, 17 de fevereiro de 2013
A palavra vale prata. O silêncio vale ouro.
Acreditem meninas!
A sabedoria é o maior tesouro que uma mulher pode conquistar na vida.
Claro que um bumbum empinadinho tem o seu lugar.
Uma perna bem torneada...barriguinha retinha.
Um rostinho lindo.
Um olhar meio sem graça. Um sorriso meio de lado...
Tudo isso é encantador pra eles.
Mas, pra gente, vale mais a sabedoria.
Demorei a aprender o valor do silêncio.
Quem me conhece sabe o quanto adoro as palavras e não largo delas por nada.
Pra brincar, rir, provocar....simplesmente falar...ou para trabalhar...
Mas aprendi a amar o silêncio. Não, gente...ele não consente...
Ele se indigna. Ele responde. Ele não machuca. Ele não é agressivo. Não é irresponsável.
Ele é sábio.
Acreditem meninas!
A inteligência vale mais que qualquer característica física que você admire em você mesma.
E o silêncio vale ouro.
A sabedoria é o maior tesouro que uma mulher pode conquistar na vida.
Claro que um bumbum empinadinho tem o seu lugar.
Uma perna bem torneada...barriguinha retinha.
Um rostinho lindo.
Um olhar meio sem graça. Um sorriso meio de lado...
Tudo isso é encantador pra eles.
Mas, pra gente, vale mais a sabedoria.
Demorei a aprender o valor do silêncio.
Quem me conhece sabe o quanto adoro as palavras e não largo delas por nada.
Pra brincar, rir, provocar....simplesmente falar...ou para trabalhar...
Mas aprendi a amar o silêncio. Não, gente...ele não consente...
Ele se indigna. Ele responde. Ele não machuca. Ele não é agressivo. Não é irresponsável.
Ele é sábio.
Acreditem meninas!
A inteligência vale mais que qualquer característica física que você admire em você mesma.
E o silêncio vale ouro.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Cuidado e Carinho
Meus amigos me conhecem muito bem.
E sem eles eu realmente não vivo.
Já falei aqui de alguns amores meus.
Mas o amor pelos meus amigos é gigante demais.
Não sei se vocês são assim mas eu sinto a falta deles como sinto da minha filha.
Como eu sinto dos meus pais, do meu amor, e da minha terra.
É algo tão grande que é difícil de explicar.
A vida e Deus me presentearam com pessoas muito especiais.
Não consigo mesmo entender quando alguém diz que não tem amigos ou que eles não são primordiais para a existência. Não é uma crítica. É o meu sentimento.
Bacana é que (com as minhas andanças) eu tenho amigos de verdade, em muitos lugares diferentes, muito diferentes uns dos outros e todos muito importantes.
Vejo em cada um as características de onde eles vêem...
O que é importante para eles.
O mais legal e que (apesar de tão diferentes e de lugares tão diferentes) uma coisa une todos eles: a essência, os valores. São todos lindos demais. Por dentro.
E eu morro de saudade de cada um...
Não conseguiria viver sem.
Estão sempre ali. Coração aberto. Abraço. Beijo. Carinho. Colo. Cuidado.
Tudo bem que eu sou manhosa, dengosa, mas eles me mimam demais!!
Elas em especial....rs...me deixam mal acostumada.
Sou feliz por ouvir coisas do tipo: "tenho que vir mais a São Paulo te ver. Preciso estar por perto."
Ou ainda: "estou preocupada em te deixar ir embora."
Isso é amor de verdade. De homem pra mulher, de mulher pra mulher...
Eles sabem que eu estou falando deles.
Então queria te dizer: eu amo muito você e estou com muita saudade!
Obrigada por fazer parte da minha vida!!!
E sem eles eu realmente não vivo.
Já falei aqui de alguns amores meus.
Mas o amor pelos meus amigos é gigante demais.
Não sei se vocês são assim mas eu sinto a falta deles como sinto da minha filha.
Como eu sinto dos meus pais, do meu amor, e da minha terra.
É algo tão grande que é difícil de explicar.
A vida e Deus me presentearam com pessoas muito especiais.
Não consigo mesmo entender quando alguém diz que não tem amigos ou que eles não são primordiais para a existência. Não é uma crítica. É o meu sentimento.
Bacana é que (com as minhas andanças) eu tenho amigos de verdade, em muitos lugares diferentes, muito diferentes uns dos outros e todos muito importantes.
Vejo em cada um as características de onde eles vêem...
O que é importante para eles.
O mais legal e que (apesar de tão diferentes e de lugares tão diferentes) uma coisa une todos eles: a essência, os valores. São todos lindos demais. Por dentro.
E eu morro de saudade de cada um...
Não conseguiria viver sem.
Estão sempre ali. Coração aberto. Abraço. Beijo. Carinho. Colo. Cuidado.
Tudo bem que eu sou manhosa, dengosa, mas eles me mimam demais!!
Elas em especial....rs...me deixam mal acostumada.
Sou feliz por ouvir coisas do tipo: "tenho que vir mais a São Paulo te ver. Preciso estar por perto."
Ou ainda: "estou preocupada em te deixar ir embora."
Isso é amor de verdade. De homem pra mulher, de mulher pra mulher...
Eles sabem que eu estou falando deles.
Então queria te dizer: eu amo muito você e estou com muita saudade!
Obrigada por fazer parte da minha vida!!!
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Pingos nos "is"
Às vezes acho que as palavras não tem a importância que merecem na vida da gente.
Já ouvi muito que o que vale são as atitudes, que as palavras não dizem nada.
"Atitude" é uma palavra que diz muito sim...mas não terá força se não vier acompanhada de algumas letrinhas.
Eu sou suspeita pra falar de palavras.
Trabalho com elas e é através delas que me realizo.
Adoro escrever, falar, me comunicar...e a minha vida já se transformou por causa delas.
Um "SIM" já me fez casada, por exemplo.
Nunca mais vou me esquecer o dia que "NÃO" disse o que pensava para o meu irmão, em uma briga.
Seria uma das maiores injustiças que eu poderia ter cometido nesta vida.
Talvez hoje ele não fosse o meu melhor amigo.
Gosto da palavra "silêncio" também. Ela sempre fala por si.
Ao invés de agredir, brigar, machucar e usar palavras que não caberiam ali....você não as usa.
A palavra é tão importante que a ausência dela também fala.
Quando a boca está fechada é mais fácil ouvir as falas do coração.
E como tem palavras lindas né?
Liberdade! Adoro essa. Houve um tempo que tentaram me aprisionar e eu fugi.
Venho de uma terra que lutou pela liberdade por dezenas de anos: "Libertas Quae Sera Tamem".
Está na bandeira das Gerais: "Liberdade, ainda que tardia".
Apesar de linda, esta palavra sozinha perde o sentido.
Ela deve vir sempre acompanhada de responsabilidade e caráter. Outras duas palavras fortes.
Aliás, que tem a mesma importância de "verdade".
E quando as palavras vem acompanhadas de uma verdade que a gente não quer ouvir?
Aí dói...
Mesmo sendo verdade, machuca.
Pra fechar, queria falar de uma palavra que só existe na língua portuguesa.
É incrível como fomos premiados na Torre de Babel.
Só em português se pode falar de "Saudade".
Uma só palavra para resumir tudo o que eu escrevi acima...
Então, se tiver a oportunidade, fale...escreva...
Poucas atitudes serão tão fortes quanto uma palavra certa, dita na hora certa e pra pessoa certa.
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